terça-feira, 16 de setembro de 2008

Futuros Contadores

Oi gente, como vai?
Li uma entrevista de Humberto Rosa Oliveira, coordenador do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Vila Velha (UVV), achei muito interessante e resolvi postar aqui no Blogger. Inclusive essa entrevista que inspirou o tema de meu Blogger!
Abraços a todos.
Camila Freitas
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CONTADOR DO FUTURO

Humberto Rosa Oliveira
Entrevista ao Jornal A GAZETA em 02 de Novembro de 2001
Caderno de Vestibular

A contabilidade - uma das profissões mais antigas da humanidade - vem sendo colocada em xeque. Especialistas em mercado publicaram artigos na imprensa afirmando que a contabilidade é uma profissão que pode ser extinta. Os motivos seriam o fim da
escrituração tradicional em função dos meios eletrônicos e as críticas envolvendo, principalmente, os escândalos dos bancos Nacional e Econômico no país.
É certo que o estereótipo do contador-guarda-livros, figura pouco expressiva e criativa e suspeita de pouca idoneidade - está mudando para atender à economia glo- balizada que precisa desse importante profissional da informação para funcionar de forma eficiente. É necessário o conhecimento da contabilidade para se comunicar no mundo dos negócios.
O coordenador do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Vila Velha (UVV), Humberto Rosa Oliveira, destaca que a imagem do contador só é ruim no Brasil e em países subdesenvolvidos, uma vez que, no primeiro mundo, é uma das profissões mais reconhecidas e melhor remuneradas. "Só para entender a importância do contador na Inglaterra a certificação é dada pela Rainha," cita o coordenador.
Os historiadores afirmam que a contabilidade existe há pelo menos quatro mil anos A.C., desde os primórdios da civilização. No país, há mais de cem mil contadores regis- trados nos conselhos regionais. Esse número ainda é pequeno se comparado aos Estados Unidos onde se formam 50 mil novos contadores todos os anos.
Num mercado competiti- vo, as empresas percebem que, sem uma boa contabilidade, não há dados para a tomada de decisões. "O contador não pode ser apenas um técnico de escritório atuando como despachante contábil e escriturador porque essas tarefas na nova economia ficam por conta do computador. As empresas precisam de profissionais que ajudem no processo decisório, interpretando as informações e agindo estrategicamente. Esse é o contador do futuro," explica Humberto Rosa.
Segundo ele, há pelo menos dez alternativas diferentes para o exercício profissio- nal. Ele pode atuar na contabilidade financeira, de custos e gerencial, como auditor, perito contábil em ações judiciais, consultor contábil, analista financeiro, como docente, pesquisador e autor ou em cargos públicos administrativos, além, é claro, de ter a al- ternativa de ser autônomo montando a sua empresa para prestação de serviços em contabilidade.
A remuneração de um contador competente está entre as mais altas do mercado de trabalho. Segundo o Conselho Federal de Contabilidade, o rendimento mensal está entre US$ 1.500,00 e US$ 2.500,00. No Estado, há grande oferta de cursos nessa área. A Ufes foi pioneira na sua implantação. Além da Ufes, 17 instituições de ensino particular oferecem o curso, como a UVV e a Faesa na Grande Vitória.